A estreia de Jurassic Park — Recomeço (título brasileiro para Jurassic World: Rebirth) faz da sétima aventura dos dinossauros clonados um ponto de virada curioso: em vez de tentar superar a escala de Domínio (2022), o diretor Gareth Edwards recua para a lógica do primeiro filme—um “grupo isolado numa ilha”, mas atualizado com novos trunfos de diversidade e biotecnologia.

Scarlett Johansson lidera o elenco como a operadora tática Zora Bennett, ao lado de Mahershala Ali, Jonathan Bailey, Rupert Friend, Manuel García-Rulfo, Luna Blaise e David Iacono, entre outros. A trama se passa cinco anos após Domínio: humanos e répteis pré-históricos já dividem o planeta, mas o DNA dos “três maiores dinossauros do mundo” vira moeda geopolítica numa ilha clandestina.

A linha do tempo jurássica

O que “Recomeço” faz de novo?

• Troca de foco – Sai o parque-resort; entra uma missão militar que colide com uma família latina perdida (os Delgados), reforçando a pauta de representatividade que a franquia sempre ensaiou e nunca entregou.

• Escala reduzida – Edwards filma menos dinossauros, mas mais tensão de selva; a ameaça principal lembra o T-rex de 1993, mas com DNA mesclado a espécies aquáticas.

• Eco-política – O roteiro de David Koepp retoma debates sobre biopirataria inaugurados lá atrás por Michael Crichton: governos e corporações correm para patentear genes pré-históricos enquanto ONGs protestam nas portas dos laboratórios.

Expectativa

Recomeço parece não querer reinventar o ícone, mas busca restaurar um senso de perigo físico que a superpopulação digital de Domínio diluiu.

O novo núcleo — liderado por Johansson e Mahershala — sugere carisma em cenas enxutas e num suspense que o trailer deixa a entender que prefere o som dos galhos quebrando à fanfarra de CGI sem respiro. O parque deve virar guerrilha biológica, e a era jurássica, agora, é tudo território hostil.