Música da noite: "I'Am Mine" e a ontologia do grito
Pearl Jam canta sobre a liberdade do intervalo, existir entre o caos e o silêncio.
Por LockDJ
Publicado em 06/07/2025 19:31 • Atualizado 06/07/2025 19:31
Música
Eddie Vedder canta entre o ser e o fim, odDireito de existir

Lançada em 2002, entre o colapso das torres e a ascensão da paranoia global, I Am Mine é o Pearl Jam em estado de resistência existencial. Com acordes densos e a voz grave de Eddie Vedder como bússola, a faixa ecoa o direito à integridade numa era de vigilância e desordem.


“I know I was born and I know that I’ll die. The in-between is mine.” (Eu sei que nasci e sei que vou morrer. O meio termo é meu)


É mantra. É grito. É sussurro político em forma de canção.



Numa época em que tudo parecia escapar das mãos — governos, verdades, pessoas —, o Pearl Jam entregou uma canção sobre possuir-se. Não é sobre o outro. Nem sobre o mundo. É sobre resistir ao apagamento.

 

Entre Neil Young e o pós-grunge, entre Seattle e o caos, o som segue como abrigo.

 

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