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Música da noite: Meus Bons Amigos e os ecos de um brinde tardio
Música do Barão Vermelho retrata o lamento moderno de uma geração entre cinzeiros cheios, utopias vazias e amores que ficaram no bar da memória.
Por LockDJ
Publicado em 23/07/2025 21:27 • Atualizado 23/07/2025 21:27
Música
Barão Vermelho lançou "Meus Bons Amigos" em 1996, como faixa do álbum "Carne Crua" (Foto: Divulgação)

Entre copos, guitarras e utopias quebradas, “Meus Bons Amigos” segue como um brinde amargo aos anos 90 — década que já não sabia em que revolução acreditar, mas ainda se agarrava aos afetos como última trincheira.

 

No Barão pós-Cazuza, a canção de Frejat e Mauro Santa Cecília cravou no repertório nacional um hino melancólico sobre o tempo, a amizade e a distância. Um samba-rock bêbado de memória e descompasso emocional, lançado em 1996, em meio ao esfarelamento das grandes narrativas.

 

“Meus bons amigos, onde estão?” ecoa até hoje — nas madrugadas cruas, nos encontros que não se repetem e nas fotos amareladas de uma cidade enfumaçada qualquer.

 

Porque no fundo, a gente não quer só lembrar dos amigos — a gente queria estar com eles agora.

 

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