Google Analystic
Música da noite: a cidade em modo coração com um bilhete dobrado no bolso
Paralamas e Marisa Monte entram no mapa das saudades, no instante antes do beijo, em estéreo.
Por LockDJ
Publicado em 28/09/2025 20:58 • Atualizado 28/09/2025 20:59
Música
"O Amor não Sabe Esperar" em três acordes, com a cidade acesa pela melancolia pop (Foto: Reprodução)

Em O Amor não Sabe Esperar, o encontro é sutil e cortante: guitarras urbanas dos Paralamas abrindo espaço para a voz de Marisa Monte, cristalina, quase um sussurro que atravessa o ruído da cidade. A canção nasce moderna e vira confissão. Um bilhete dobrado no bolso, escrito às pressas, porque sentir tem urgência.


O arranjo corre sem acrobacias, com baixo elástico, bateria em pulsação reta, riffs que não exibem músculos, só direção. No centro, um jogo de luz e sombra entre Hebert e Marisa: ele aponta a rua, ela acende o farol interno. É pop, mas carrega uma melancolia de porta de bar às 18h.

E quando chega o refrão, o tempo desaba. O amor, impaciente, ocupa cada milímetro do silêncio. A música termina e fica um vapor, lembrança de corpo, cheiro de chuva recente, a certeza de que algumas mensagens precisam ser enviadas antes do sinal fechar.

Comentários
Comentário enviado com sucesso!