O Tribunal de Apelação confirmou, em 2025, a decisão que arquivou a ação movida por Spencer Elden — o bebê da capa de Nevermind (1991), do Nirvana — por pornografia infantil e exploração sexual comercial. A Justiça entendeu que o autor esperou tempo demais (mais de 30 anos) para ajuizar o processo, reconhecendo a prescrição das pretensões.
O que decidiu a Justiça
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Prescrição mantida: a corte validou o entendimento da instância inferior de que o prazo legal havia expirado.
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Tese rejeitada: os juízes recusaram o argumento de “dano contínuo” (segundo o qual cada nova venda, streaming ou reedição reabriria o prazo).
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Efeito prático: o litígio chega ao fim e não há mais tramitação contra os réus.
O que pedia Elden
A ação, iniciada em 2021, buscava US$ 150 mil de indenização de cada acusado, incluindo Dave Grohl, Krist Novoselic e a Universal Music Group. Um dos pontos levantados era a desproporção entre o valor pago pelo ensaio da capa (aprox. US$ 200 aos pais de Elden) e a receita gerada pelo álbum.
Linha do tempo essencial
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1991: lançamento de Nevermind com a capa do bebê submerso em direção a uma nota de dólar.
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2021: Elden ingressa com ação federal na Califórnia.
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jan. 2022: Justiça barra o processo por prescrição.
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2025: Tribunal de Apelação confirma o arquivamento e encerra a disputa.
Ponto que pesou no debate público
Ao longo dos anos, Elden recriou a foto para a mídia e tatuou “Nevermind” no peito, fato frequentemente mencionado no debate público. Ainda que isso não tenha sido decisivo juridicamente, a controvérsia ajudou a moldar a percepção em torno do caso.
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