Robyn está oficialmente de volta. Seis anos após Honey (2018), a artista sueca lança “Dopamine”, single solo que retoma sua assinatura: pop de pista eufórico, batida hipnótica e um refrão feito para grudar sem pedir licença. A produção é de Klas Åhlund, parceiro de longa data, num arranjo que cresce em camadas e entrega o clássico “Robyn moment”. Catarse com precisão cirúrgica.
No videoclipe dirigido por Marili Andre, a cantora atravessa o quadro em dança contínua, entre êxtase e chuva, como se o corpo fosse a própria narrativa. Em nota, Robyn explica a ideia por trás da música: “Estamos aprendendo a decodificar emoções por hormônios e substâncias químicas. É como se tentássemos explicar tudo, o que é ótimo, mas também parte do problema: achar que dá para desvendar e vencer a vida.” Ela completa: “A duplicidade de ‘Dopamine’ é sentir algo forte e real e, ao mesmo tempo, saber que é processo biológico. Não é escolher religião ou ciência, é aceitar as duas e transitar entre elas.”
O lançamento sugere a aproximação de um novo álbum, o primeiro desde Honey. No período, Robyn manteve presença em colaborações com SG Lewis, Channel Tres, Jónsi, Smile, The Lonely Island, Beck, Jamie xx e Charli XCX (no remix de “360”, ao lado de Yung Lean). Também participou de Solar Power, de Lorde, e revisitou “Buffalo Stance”, de Neneh Cherry, em 2022. Em 2024, relançou seu álbum autointitulado de 2005 via UMR/Island, com os singles “With Every Heartbeat” e “Handle Me”.
Com “Dopamine”, Robyn reafirma o que a tornou indispensável: pop emocional para dançar, feito no ponto exato entre o cérebro que analisa e o corpo que não consegue ficar parado.