São Luís está prestes a viver um daqueles momentos que redefinem a memória coletiva de uma cidade. Neste sábado (22) e domingo (23), a Passarela do Samba (renomeada Arena Jamaica Brasileira) será tomada pela primeira edição do Festival Ilha do Reggae, uma celebração que pretende, sem exageros, reposicionar o Maranhão no mapa mundial da cultura reggae.
O evento nasce grande: é anunciado como o maior festival de reggae da América Latina, um título ambicioso que dialoga com a história da capital maranhense, onde o reggae encontrou solo fértil para florescer, ganhar sotaque próprio e se tornar parte fundamental da identidade local.
Um festival do tamanho da história reggaeira maranhense
A abertura será feita pela Orquestra Maranhense de Reggae, símbolo de resistência cultural e musa sonora de uma tradição que atravessa gerações. Margareth Diniz, produtora da orquestra, resumiu o sentimento que ronda os bastidores:
“É histórico. Estamos vivendo algo que sempre sonhamos: ver o reggae maranhense ocupando o palco principal de um festival feito para o mundo.”
O governador Carlos Brandão reforçou a ideia de que o reggae é mais que música no Maranhão — é afeto, pertencimento e um portal cultural entre Brasil e Jamaica.
“O Maranhão tem o reggae no coração. Este festival celebra nossa identidade e a aproximação das duas nações.”
Dois dias, mais de 100 atrações e uma constelação de lendas do reggae
A programação impressiona pela diversidade e pelo peso dos nomes. No palco, estarão:
Lendas internacionais
Burning Spear, Ky-Mani Marley, Dezarie, Israel Vibration, Honey Boy, Ronnie Green, Norris Cole e outros representantes do reggae raiz.
Ícones nacionais
Edson Gomes, Ponto de Equilíbrio, Tribo de Jah, Planta e Raiz, Maneva e Capital Roots.
Força maranhense
Radiolas tradicionais, DJs, bandas pioneiras, novos talentos, artistas independentes e mais de 20 grupos de dança que mantêm vivo o estilo "agarradinho" que tornou o reggae de São Luís único no Brasil.

Essa mistura cria um mosaico vibrante que traduz a própria história do reggae maranhense: híbrido, afetivo, dançante e plural.
Mais que música: experiência cultural, ancestralidade e economia criativa
O gestor do Museu do Reggae, Ademar Danilo, define perfeitamente o espírito do festival:
“É diversão, é sonho, é fortalecimento cultural. E é também oportunidade para quem vive da economia criativa.”
Além dos shows, o público terá acesso a:
-
feira de artesanato e economia criativa;
-
ações de estética afro, com trançadeiras oferecendo serviços gratuitos;
-
manifestações artísticas diversas que reforçam a ancestralidade africana presente no reggae maranhense.
O festival funciona, portanto, como uma grande plataforma de circulação de cultura, trabalho e identidade.
Um festival que também é diplomacia cultural
Em agosto de 2024, o Maranhão oficializou sua conexão com a Jamaica ao assinar um memorando de entendimento com o governo jamaicano. O acordo, centrado em turismo sustentável e intercâmbio artístico, fortalece ainda mais essa relação histórica.
A estreia do festival surge como consequência direta desse movimento — uma espécie de celebração pública desse novo capítulo entre as duas nações.
Por que este festival importa?
Porque ele marca:
-
a consolidação do reggae como patrimônio cultural vivo do Maranhão;
-
a valorização de artistas locais que sustentam a cena diariamente;
-
a abertura de novas rotas culturais com a Jamaica;
-
a legitimação de São Luís como capital simbólica do reggae no Brasil;
-
a criação de um projeto que pode colocar o Maranhão no circuito internacional de festivais.
Numa frase: o Maranhão está fazendo história
O Festival Ilha do Reggae é a celebração grandiosa de uma cultura que sempre pulsou nos becos, nas radiolas, nos salões de periferia, nas ondas das FM’s e nas memórias afetivas de milhares de maranhenses.
É a Jamaica reencontrando sua ilha-irmã no Atlântico Sul.
É São Luís reafirmando, com orgulho e potência, que o reggae não é apenas ritmo: é identidade. É território. É casa.
Neste fim de semana, a cidade dança, e o mundo olha.
PROGRAMAÇÃO COMPLETA DO FESTIVAL ILHA DO REGGAE
Arena Jamaica Brasileira • Passarela do Samba (Anel Viário) • Abertura: 16h
SÁBADO • 22 DE NOVEMBRO
Grandes Lendas • Radiolas Icônicas • Potência Maranhense
Atrações Internacionais & Nacionais
-
Dezarie
-
Israel Vibration
-
Ponto de Equilíbrio
-
Planta e Raiz
-
Chris
-
Chirley Roots
-
Dread Silver
Orquestra Maranhense de Reggae
✨ A grande abertura oficial do festival!
Artistas Maranhenses & Radiolas
-
Amanda Black
-
Carlinhos Tijolada
-
Star Discos
-
Helena Mello
-
Léo Scartey
-
Raiz Tribal
-
Radiola Super Itamaraty
-
Núbia
-
Metralhas
-
Graci Roots
-
Radio Zion
-
Sherry & Sol
-
DJ Neturbo
-
Célia Sampaio
-
Natty Nayfson
-
Neto Myller
-
Valdeci Roots
-
Fellyna Roots
-
Wagner Roots
-
Filhos de Jah
DOMINGO • 23 DE NOVEMBRO
O Encontro Histórico: Jamaica + Brasil + Maranhão
Atrações Internacionais & Lendas do Reggae Mundial
-
Burning Spear
-
Ky-Mani Marley
-
Honey Boy
-
Sly Foxx
-
Ronnie Green
-
Norris Cole
Grandes Nomes do Reggae Nacional
-
Edson Gomes
-
Maneva
-
Tribo de Jah
-
Equipe de Ouro
Maranhenses & Radiolas Clássicas
-
Nando Marley
-
Soraya Melo
-
Tássila de Paula
-
Resistência Reggae
-
Wagner Roots
-
Gil Mafra
-
Carlos Mafra
-
Banda Guetos
-
Radiola Estrela do Som
-
Barba Branca
-
Emanuele Paz
-
Mulher Maravilha
-
Sandra Marley
-
Rose Bombom
-
Capital Roots
-
George Gomes
-
Roberthanko
-
Natty Marcio
-
Dread Sandro
-
Chico do Reggae
-
Pedro Pedra
✨ GRUPOS DE DANÇA (Sábado e Domingo)
VIBRAÇÃO, CULTURA E IDENTIDADE EM DOIS DIAS HISTÓRICOS
Mais de 100 atrações, radiolas lendárias, artistas internacionais, talentos maranhenses e celebração da conexão Maranhão–Jamaica.
Prepare-se para viver o maior festival de reggae da América Latina.