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Descanse em paz, Jimmy! O mensageiro que abriu caminhos se despede do palco
Aos 81 anos, Jimmy partiu após uma convulsão seguida de pneumonia, em notícia confirmada pela esposa, Latifa.
Por Redação Rádio VB
Publicado em 24/11/2025 09:02 • Atualizado 24/11/2025 09:04
Música
Aos 81 anos, Jimmy Cliff se despede dos palcos para viver na eternidade (Foto: Divulgação)

A partida de Jimmy Cliff parece deslocar o eixo da Terra por um instante. O cantor jamaicano foi um raio que atravessou gerações, um farol que iluminou a história do reggae e os recantos espirituais de quem o escutava.


Aos 81 anos, Jimmy partiu após uma convulsão seguida de pneumonia. A notícia foi confirmada por sua esposa, Latifa, em texto emocionado publicado no perfil oficial do artista. A música, silenciosa por um momento, curvou-se em respeito.

Jimmy Cliff era feito de sol, mesmo quando cantava dores fundas. Sua voz carregava uma vibração que parecia tocar cada molécula de ar, seja celebrando a liberdade, ora lamentando injustiças, ou lembrando que a vida, apesar dos fardos, ainda vale cada passo. Foi ele quem abriu portas para o reggae no mundo, antes mesmo de Bob Marley transformá-lo em manifesto universal. O cinema também o eternizou em Balada Sangrenta, e, desde então, sua figura tornou-se incontornável na paisagem cultural da Jamaica e do planeta.

Hoje, o mundo perde um mensageiro. Um poeta de melodias simples e verdades enormes. Mas a morte, caprichosa, não consegue alcançar o que Jimmy Cliff deixou de pé. Sua música segue intacta, atravessando mares, vielas e memórias. O reggae perde um mestre, alguém que sabia transformar esperança em canto.


Ainda assim, cada acorde que ele gravou continua aceso, como uma chama lenta, teimosa, que insiste em iluminar mesmo depois que o corpo se vai. Jimmy Cliff sai de cena, mas sua luz permanece pulsando, eterna, na alma do mundo.

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