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Eterno incêndio elétrico, Jimi Hendrix faria 83 anos
O “maior guitarrista de todos os tempos” não é um título, é um consenso.
Por Redação Rádio VB
Publicado em 27/11/2025 06:00
Música
Jimi Hendrix elevou a guitarra elétrica a um status quase espiritual (Foto: Divulgação)

Se estivesse vivo, Jimi Hendrix completaria 83 anos nesta quinta-feira, 27 de novembro. É impossível não imaginar o que sua mente, inquieta, visionária, desobediente por natureza, estaria criando em pleno 2025. Mas talvez o essencial seja lembrar que Hendrix não precisava envelhecer para se tornar eterno, pois ele já havia redefinido a história da guitarra antes mesmo de chegar aos 25.

Nascido James Marshall Hendrix, ele explodiu na cena musical em um intervalo tão curto e tão intenso que a palavra meteórico chega a parecer tímida. Em apenas quatro anos de carreira de destaque, Hendrix embaralhou conceitos, queimou fronteiras e eletrificou o rock com uma ousadia que ninguém havia tentado antes. Seu som, uma mistura de blues, psicodelia, soul, feedback, distorção controlada e pura invenção, transformou completamente o que significava tocar guitarra.


É por isso que, em praticamente todas as listas já publicadas, Jimi ocupa o topo. O “maior guitarrista de todos os tempos” não é um título, é um consenso.

A ascensão improvável e o auge absoluto


Do anonimato nos bares e clubes norte-americanos ao estrelato imediato na Inglaterra e no Festival de Monterey, Hendrix criou um personagem e uma obra que pareciam vir de outro planeta. Em palcos, era puro ritual elétrico, incendiava guitarras, tocava com os dentes, com as costas, no ar, mas sempre com domínio técnico absoluto, como se conversasse com o instrumento.

Álbuns como Are You Experienced? (1967), Axis: Bold as Love (1967) e Electric Ladyland (1968) seguem soando modernos, radicais e imprevisíveis. Nenhum deles envelhece; nós é que continuamos correndo atrás.

A morte precoce e a maldição do Clube dos 27

Hendrix morreu em 18 de setembro de 1970, aos 27 anos, entrando para o famigerado Clube dos 27, ao lado de ícones como Janis Joplin, Jim Morrison, Kurt Cobain e Amy Winehouse. Sua morte prematura cristalizou a sensação frustrante de que vimos apenas o começo, um rascunho do artista que ele ainda se tornaria.

Mas se sua vida foi breve, a influência não conhece medida.


Um legado que nunca parou de ecoar


Jimi Hendrix não influenciou apenas guitarristas, mas a própria forma de como ouvimos música. Mudou práticas de estúdio, expandiu a linguagem da distorção, e elevou a guitarra elétrica a um status quase espiritual.

De Stevie Ray Vaughan a Prince, de John Frusciante a St. Vincent, de Lenny Kravitz a Tom Morello, seu DNA musical segue pulsando no rock, no pop, no soul, no blues, no metal e em todos os territórios que ousam desafiar limites.


O legado de Hendrix se mantém vivo porque seu trabalho não pertence apenas à sua época, mas ao futuro. Jimi Hendrix sempre soa como algo que está prestes a acontecer.

83 anos depois, ele segue sendo… Jimi Hendrix


Ao lembrar seu aniversário, é celebrado o fenômeno cultural que ele representa: liberdade, experimentação, invenção radical. Hendrix tocou a guitarra como quem abre portais, e talvez esse seja seu maior feito; provar que a música pode ir além do possível. 


E continua indo. Porque Jimi Hendrix nunca termina. É combustão. É eletricidade pura. É o som do impossível.

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