A trajetória de Julianne Moore sempre foi marcada por altos e baixos, algo inevitável até mesmo para grandes astros de Hollywood. Dona de uma carreira sólida e premiada, a atriz acumula sucessos como Para Sempre Alice (2014), que lhe garantiu o Oscar de Melhor Atriz, além de papéis memoráveis em Boogie Nights, As Horas e Longe do Paraíso.

Mas, durante uma entrevista ao The Guardian, Moore acabou entregando aquilo que tantos fãs têm curiosidade em saber: qual seria o pior filme de sua carreira.

A revelação inesperada

Inicialmente relutante em responder: “Eu nunca vou dizer qual é o meu pior filme”, brincou a atriz, que acabou cedendo e apontou “O Vidente” (Next, 2007) como a obra mais fraca de sua filmografia.

“É muito ruim. É sobre nada. Um nada que dura duas horas. Acho que eu era uma agente do FBI no filme”, disse Moore, destacando inclusive que mal se lembrava da própria personagem.

A fala resume bem o distanciamento emocional da atriz em relação ao longa, que ela classifica como “vazio” e desinteressante.

Por que “O Vidente” decepcionou?

A crítica não é isolada. Mesmo estrelado por Nicolas Cage, vencedor do Oscar por Despedida em Las Vegas (1995), o filme não convenceu público nem crítica.

Baseado em uma história de Philip K. Dick — autor por trás de obras que inspiraram clássicos como Blade Runner e Minority Report — o filme tinha potencial, mas naufragou.

• Aprovação no Rotten Tomatoes: apenas 28%

• Bilheteria: US$ 77 milhões

• Orçamento: US$ 78 milhões

Ou seja: prejuízo e má recepção.

Mesmo com uma premissa promissora (um mágico com a habilidade de prever minutos do futuro sendo recrutado pelo FBI para impedir um ataque terrorista) o longa não entregou a profundidade esperada e caiu rapidamente no esquecimento.

Nem seus fracassos mais conhecidos entraram na lista

Curiosamente, Moore não citou filmes frequentemente criticados como Carrie – A Estranha (2013), O Sétimo Filho (2014) ou o terror Abrigo (2010), todos com baixas notas no Rotten Tomatoes.

Ao contrário do que se poderia imaginar, sua escolha não recaiu sobre produções de início de carreira: quando estrelou O Vidente, ela já havia sido indicada quatro vezes ao Oscar.

Uma carreira de altos, baixos e honestidade

 
A sinceridade de Julianne Moore revela o que muitos atores raramente admitem: mesmo no auge, escolhas equivocadas acontecem. E, embora O Vidente não tenha deixado boas lembranças para ela, a atriz seguiu em frente e consolidou sua posição como uma das maiores de sua geração — com talento e lucidez suficientes para reconhecer quando algo simplesmente não funciona.