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Gugs conquista Melhor Álbum de 2024 e reafirma potência do hip-hop maranhense
Com “Mudando o Final da História”, rapper venceu o prêmio da Trends Brasil, superando nomes consagrados.
Por Redação Rádio VB
Publicado em 06/12/2025 15:12
Música
A premiação integra a programação da 10ª Trends Brasil Conference (Foto: Divulgação)

O rapper maranhense Gugs acaba de alcançar um marco histórico na música brasileira. Seu álbum “Mudando o Final da História” foi eleito o Melhor Álbum de 2024 pelo Trends Brasil, uma das principais plataformas de análise e curadoria musical do país. O artista venceu na categoria Melhor Álbum Lançado em 2024, superando nomes populares como Di Ferrero, Felipe Araújo, Dilsinho e BadLuv. A conquista coloca o hip-hop produzido no Maranhão em evidência nacional.


A premiação integra a programação da 10ª Trends Brasil Conference, realizada de 2 a 4 de dezembro, na ExpoRio Cidade Nova. O evento reúne grandes nomes da música, comunicação e cultura contemporânea, funcionando como vitrine para projetos inovadores e artistas emergentes.


Um álbum-manifesto


Lançado em 2024, “Mudando o Final da História” marca a estreia de Gugs em álbum completo e se configura como um manifesto de liberdade, identidade, ancestralidade e resistência. A obra nasce da fusão que acompanha o artista desde o início da carreira:
rap, reggae, música popular maranhense, ritmos afro-indígenas e elementos da cultura amazônica.


O projeto também ganhou uma versão visual, potencializando o discurso artístico e fortalecendo a presença de Gugs no audiovisual — um território que o artista vem explorando com profundidade e reconhecimento crítico.


Quem é Gugs


Nascido e criado em São Luís, Gugs é rapper, produtor musical, arte-educador e ativista cultural. Uma das vozes mais influentes do hip-hop maranhense contemporâneo, está em atividade desde 2009, desenvolvendo uma estética própria que une ritmos periféricos, narrativas identitárias e pulsação amazônica.


Sua obra discute:

  • Diversidade

  • Empoderamento

  • Identidade negra

  • Ancestralidade

  • Compromisso social


Além dos palcos, Gugs atua na formação de novos artistas. É fundador da Batalha na Praça, dos selos Xila Rewind e Coisa Nossa, e idealizador do Faça Você Mesmo, projeto que oferece oficinas de produção musical em escolas públicas.


Reconhecimento crescente


A trajetória de Gugs é marcada por prêmios e parcerias de peso:

  • Três vezes vencedor do Prêmio Volts como Melhor Cantor (2019, 2021 e 2022)

  • Destaque nacional no quadro Rap Box Indica

  • Colaborações com nomes como Racionais MC’s, Dexter, Rashid, Djonga, Matuê e Felipe Ret

  • Melhor Direção no Festival Maranhão na Tela 2024 com o videoclipe “Rude Boy”

  • Destaque no Maranhão na Tela 2025 com “Maré Cheia”, ao lado de Zeca Baleiro

  • Participação no livro “Rotas e Redes Literárias: Tecendo Territórios Leitores”

  • Início da carreira internacional com parceria inédita com Mad Professor, ícone mundial do dub britânico


Um álbum plural, coletivo e enraizado


O disco reúne artistas de diferentes regiões e vertentes, ampliando a experiência musical:


Zeca Baleiro, Rapadura, Adnon, Ravi Lobo, Mateus Fazeno Rock, Regiane Araújo, Preto Nando, Sd Haw, Paulão e Allan O.


A produção musical é assinada por Gugs ao lado de Dubrayti, Brunoso, Diogo Nazareth, Adnon Soares e Hugo César, construindo camadas sonoras que atravessam o rap, o dub, o reggae e ritmos tradicionais.


Equipe Visual e Técnica

  • Foto da capa: Danrley Igor

  • Stylist: Tharlisson Ribeiro

  • Design: juangraphic_

  • Figurino: Rhayza Rodrigues

  • Produção: Coisa Nossa, Origes, Juliana Hadad

  • Direção audiovisual: Sunday James

  • Imagens adicionais: Jasf

  • Edição de clipes: Joier

  • A&R e produção fonográfica: Julian Lepick e Thiago Silveira


Pós-produção sonora

  • Mixagem: Coisa Nossa e Jota Nu Beat

  • Masterização: Ramiro Mart


 

Com o prêmio da Trends Brasil, Gugs reafirma o Maranhão como um dos centros mais vibrantes da música brasileira contemporânea. Seu álbum é, acima de tudo, um testemunho artístico de como a cultura periférica, ancestral e amazônica segue mudando, de fato, o final da história.

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