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Música da noite: reencontros e longitude emocional
Um Homem em Volta do Mundo é parte da cartografia invisível de Ritchie, em uma metáfora de alguém que percorre continentes.
Por Redação Rádio VB
Publicado em 09/12/2025 18:34 • Atualizado 09/12/2025 18:34
Música
Ritchie canta com a fluidez de quem já entendeu que o destino é só uma ficção útil (Foto: Divulgação)

Ritchie sempre pareceu existir numa espécie de fronteira suspensa. Um viajante não apenas geográfico, mas afetivo, que transformou quilômetros em canções e deslocamentos em narrativa interior. “Um Homem em Volta do Mundo”, além de uma metáfora de alguém que percorre continentes, é o retrato de um artista que aprendeu a carregar suas distâncias como bússola.

Há algo de cinematográfico nesse movimento constante. O pop encontra a brisa das estradas, o sotaque estrangeiro repousa sobre melodias brasileiras, e o tempo se dobra como um mapa antigo guardado no bolso. Ritchie canta com a fluidez de quem já entendeu que o destino é só uma ficção útil, e o que importa mesmo são as paradas, não as chegadas.

No fundo, o homem que circunda o mundo não procura um ponto final, mas uma vibração simples e luminosa, no instante em que o desconhecido sorri de volta. Talvez seja isso que faz de Ritchie um viajante perpétuo, alguém que habita o entrelugar onde arte, memória e movimento se confundem, deixando rastros de liberdade sonora por todo canto.

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