Sequências sempre foram parte do DNA de Hollywood e, muitas vezes, conquistam bilheterias tão grandes quanto (ou maiores que) os filmes originais. Casos recentes como Toy Story 3 (2010) e Moana 2 (2024) mostram que continuações podem ser verdadeiras minas de ouro. Não à toa, os estúdios seguem apostando pesado nelas.
Mas nem todo astro se rende facilmente ao universo dos “partes dois”. Julia Roberts, por exemplo, sempre fez questão de evitar continuações. Aos 58 anos, a atriz revelou que só existe uma única exceção: ela aceitaria revisitar Uma Linda Mulher (1990) — e já até elaborou uma ideia de roteiro.
A resistência de Roberts às sequências
Em Hollywood, reunir o mesmo elenco de um clássico é uma equação quase infalível para quem busca sucesso financeiro. Mesmo assim, Roberts sempre resistiu à fórmula, temendo “quebrar a magia” dos filmes que a consagraram. Ela rejeitou propostas de continuação de Um Lugar Chamado Notting Hill (1999), classificando como “péssima” a ideia apresentada por Richard Curtis. Também descartou participar de um curta derivado de Simplesmente Amor (2003), que mostraria seus personagens vivendo um divórcio conturbado.
Ainda assim, a atriz admite estar em busca de um novo grande sucesso. Após o fracasso comercial de Depois da Caçada (2025), Roberts chegou a pedir conselhos a Brad Pitt e George Clooney — com quem dividirá a tela em um novo filme ligado à franquia Onze Homens e um Segredo.
A exceção: uma continuação de Uma Linda Mulher
O clássico romântico que a projetou mundialmente e lhe rendeu uma indicação ao Oscar continua sendo um dos títulos mais queridos de sua carreira. No longa de 1990, dirigido por Garry Marshall, Julia vive Vivian Ward, uma jovem que se apaixona por Edward Lewis (Richard Gere), um executivo que contrata seus serviços durante uma viagem de negócios em Los Angeles.
“Eu aprendi a nunca dizer nunca. Não sou do tipo que faz sequências, mas se um dia fizesse, seria de Uma Linda Mulher”, declarou a atriz ao The Oklahoman. No CBS Mornings, ela revelou até mesmo sua proposta de enredo:
“Acho que Edward poderia ter morrido pacificamente enquanto dormia, de ataque cardíaco, sorrindo. E agora seria Vivian quem administraria os negócios dele.”
E Richard Gere?
Mesmo com o destino nada amigável sugerido por Roberts para seu personagem, Richard Gere parece aberto à ideia de um retorno, mas com uma condição crucial. Em entrevista à revista People, ele deixou claro que só toparia participar de uma nova versão se houver um bom roteiro. Curiosamente, o ator não mencionou se a presença de Julia Roberts seria indispensável, deixando aberta até mesmo a possibilidade de uma continuação sem sua icônica parceira de cena.
Para Gere, tudo depende da qualidade da história.
“Tudo se resume a ter ou não um bom roteiro.”
Assim, enquanto Hollywood continua obcecada por sequências, Uma Linda Mulher 2 segue no campo das possibilidades, sustentada pelo interesse de seus protagonistas, mas dependente da mesma peça-chave que deu vida ao original: uma boa história.