Quando Missão Impossível chegou aos cinemas em 1996, dirigido por Brian De Palma, poucos imaginavam que aquele filme, inspirado na clássica série de TV dos anos 1960, se transformaria em uma das franquias de ação mais consistentes, lucrativas e inovadoras do cinema moderno. E grande parte desse feito se deve à obstinação de Tom Cruise, não apenas como protagonista, mas também como produtor e mente criativa por trás de cada missão.
“Missão Impossível – Acerto Final” estreia nesta quinta-feira, 22 de maio, nos cinemas de todo o país. O filme marca mais um capítulo da saga protagonizada por Tom Cruise, trazendo novas missões cheias de tensão, perseguições eletrizantes e desafios que colocam Ethan Hunt e sua equipe à prova em uma corrida contra o tempo.
A produção promete sequência direta dos acontecimentos do longa anterior, elevando ainda mais o nível das cenas de ação e das reviravoltas que já são marcas registradas da franquia.
▪️ Da série de TV para o cinema
A série original, exibida entre 1966 e 1973, mostrava um grupo de agentes secretos da IMF (Impossible Mission Force) usando inteligência, disfarces e truques tecnológicos para resolver missões consideradas impossíveis. Ao adaptar para o cinema, Brian De Palma trouxe uma pegada mais sombria, conspiratória e técnica.
No primeiro filme, Ethan Hunt (Tom Cruise) é acusado de traição e precisa provar sua inocência — um thriller mais cerebral, com cenas que se tornaram icônicas, como a invasão ao cofre da CIA suspenso por cabos, em silêncio absoluto.
▪️ Da conspiração à ação desenfreada
O segundo filme, Missão Impossível 2 (2000), dirigido por John Woo, se apoia mais no estilizado cinema de ação de Hong Kong, com cenas coreografadas, slow motion e uma pegada mais romântica. A crítica ficou dividida, mas o sucesso financeiro manteve a franquia viva.
O terceiro capítulo, Missão Impossível 3 (2006), dirigido por J.J. Abrams, trouxe mais densidade emocional ao personagem de Cruise, explorando sua vida pessoal, e apresentou um dos vilões mais marcantes da saga, vivido por Philip Seymour Hoffman.
A partir de Missão Impossível — Protocolo Fantasma (2011), a franquia encontrou seu tom definitivo: grandes cenas de ação, humor na medida, tramas de conspiração global e, claro, Tom Cruise desafiando os limites do próprio corpo. A escalada seguiu com Nação Secreta (2015) e Efeito Fallout (2018), que consolidaram a saga como referência máxima de filmes de espionagem e ação no século XXI.
▪️ O que esperar de Missão Impossível — Acerto Final
O novo filme — que chega aos cinemas dividido em duas partes — promete ser o capítulo mais ambicioso da franquia. Dirigido mais uma vez por Christopher McQuarrie, parceiro criativo de Cruise desde Nação Secreta, o filme amarra pontas soltas e amplia as consequências das ações da IMF, agora frente a uma ameaça invisível, digital, capaz de hackear qualquer sistema — uma inteligência artificial fora de controle.
Ethan Hunt, mais uma vez, se vê obrigado a sacrificar tudo e todos para proteger o mundo. A promessa é de sequências ainda mais insanas, como a cena de Cruise saltando de um penhasco com uma motocicleta — feita sem dublês e já considerada uma das maiores acrobacias da história do cinema.
Acerto Final não é apenas mais um filme da saga, mas o início de uma despedida. Tom Cruise, aos 61 anos, encara esse arco final como a conclusão de um personagem que desafiou, por quase três décadas, as leis da física e do cinema de ação.
▪️ A fórmula da longevidade
Se há algo que explica o sucesso de Missão Impossível, é a capacidade da franquia de se reinventar sem perder sua essência: espionagem, adrenalina, cenas práticas e a obstinação de Cruise em entregar ao público algo que vá além do entretenimento comum. Aqui, o impossível não é só parte do roteiro — é parte do próprio processo de fazer cinema.
#MissãoImpossível